terça-feira, 23 de abril de 2019

 STJ julga recurso de Lula contra condenação no caso do triplex

STJ julga recurso de Lula contra condenação no caso do triplex

Agência Brasil Brasília
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar nesta terça-feira (23) recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para revisar a condenação no caso do triplex do Guarujá (SP).O caso será colocado para julgamento durante a sessão pelo relator, ministro Felix Fischer. Também fazem parte do colegiado os ministros Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca e Ribeiro Dantas.
O ministro Joel Ilan Paciornik se declarou suspeito para julgar todas as causas relacionadas com a Operação Lava Jato e não participará do julgamento.
Em janeiro de 2018,  Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, sediado em Porto Alebre, a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Por determinação do então juiz Sergio Moro, o ex-presidente cumpre pena provisoriamente na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde 7 abril do ano passado.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

No Dia do Livro Infantil, escritora dá dicas para incentivar a leitura
Pais devem ensinar os filhos a transformar a leitura em momento de prazer     (Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil)
Pais devem ensinar os filhos a transformar a leitura em momento de prazer (Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil)

No Dia do Livro Infantil, escritora dá dicas para incentivar a leitura

Desenvolver a linguagem, a concentração, a memória e o raciocínio são alguns dos benefícios da leitura na primeira infância. Neste 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, a dica da escritora Alessandra Roscoe para incentivar o interesse da garotada pelos livros é tornar a leitura um momento de brincadeira, prazer e de fortalecimento dos laços afetivos.
A escritora diz que a literatura e a leitura para as crianças não podem ter como foco o aprender e a ideia de obrigação. Segundo ela, é preciso destacar o caráter lúdico, da descoberta, da diversão.
“A pedagogização da literatura trouxe junto a obrigação da leitura e ela não pode ser associada à obrigação, mas ao lúdico, ao prazer e à brincadeira”, afirma.
“Temos que transformar a leitura em um grande prazer. E fazemos isso disponibilizando bons livros e momentos afetivos ao redor dos livros”, completa Alessandra, autora de livros infantis. Ela tem o projeto Uni Duni Ler de incentivo à leitura.

Pai não pode pegar livro e celular ao mesmo tempo

Transformar a leitura em uma experiência sensorial que envolva não apenas a audição e a visão é outra dica da escritora. Deixar a crianças tocar o livro e brincar com ele isso faz parte do processo.
Outro ponto importante é a disponibilidade dos pais no momento de ler um livro com o filho, a entonação usada durante a leitura e a demonstração de carinho e paciência. “O pai não pode estar com o livro e mexendo no celular ao mesmo tempo”, diz Alessandra.
A Sociedade Brasileira de Pediatria traz no site dicas sobre como escolher um bom livro para crianças. Uma delas é observar o projeto gráfico, se há diversidade de ilustrações; ter como ponto de partida histórias conhecidas com as quais os pais têm mais familiaridade;  e prestar a atenção à reação das crianças, se elas riem, se movimentam quanto escutam a leitura do livro indicando que estão gostando.
Em relação à escolha dos livros, Alessandra Roscoe defende que a literatura infantil também trate de temas como morte, raiva e frustração, situações que fazem parte da vida da criança.

Como lidar com sentimentos e emoções

A literatura, nesse caso, vai preparar as crianças para lidarem com os sentimentos e as emoções ao verem a forma como os personagens as vivenciam e superam seus medos.
“A leitura também traz equilíbrio emocional, segurança. Como eles vão lidar com esses sentimentos se nos livros os personagens nunca estão perto da realidade deles?”, questiona.
A publicação Primeira Infância, Primeiras Leituras, do Instituto Alfa e Beto, entidade que atua na área de educação, traz dicas para incentivar o hábito da leitura e sugestões sobre como levar os livros aos pequenos.

Dicas para incentivar a leitura

• Ter sempre bons livros e material de leitura em casa. Guarde os livros em local que a criança possa alcançar
• Frequente bibliotecas, livrarias e salas de leitura
• Coloque os livros e a leitura no dia a dia da família
Como ler para bebês e crianças
• Ler interagindo, mostrando, encenando, apontando, ouvindo, enfatizando rimas, conversando
• Ler imitando gestos ou fazendo barulhos engraçados
• Deixe a criança pensar, falar, perguntar
• Estimule a criança a observar as imagens e, aos poucos, as palavras
• Deixe a criança pegar no livro, virar as páginas

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Brasileiro tenta se tornar primeiro ciclista a atravessar a Antártida

Brasileiro tenta se tornar primeiro ciclista a atravessar a Antártida

O brasileiro Leandro Martins, que em 2013 viajou de bicicleta da Holanda até a China em um percurso de 14 mil quilômetros, no qual passou por 18 países da Europa, África e Ásia, se prepara há dois anos para se tornar o primeiro ciclista do mundo a atravessar a Antártida de costa a costa.
Trata-se de um percurso menor, de cerca de 1,8 mil quilômetros em um prazo previsto de 55 dias, mas em condições totalmente extremas. Martins terá que pedalar no gelo, sob temperaturas que variam desde -10°C até -40°C e contra ventos polares que podem chegar a 100 quilômetros por hora.
Agência Brasil

sexta-feira, 5 de abril de 2019

 Milhões de dados de usuários do Facebook são expostos na internet
Marcello Casal Jr/Agência Brasi

Milhões de dados de usuários do Facebook são expostos na internet

Milhões de dados de usuários do Facebook foram encontrados expostos ao público na internet, sem qualquer tipo de proteção, revelaram especialistas da empresa de cibersegurança UpGuard nessa quarta-feira (3).
O grupo de pesquisadores descobriu dois conjuntos separados de dados, armazenados em servidores da Amazon. As informações podiam ser acessadas por qualquer pessoa, sem a necessidade de senha.
O maior bloco de dados estava vinculado à empresa mexicana Cultura Colectiva, que armazenou publicamente na nuvem mais de 540 milhões de dados de usuários coletados no Facebook, incluindo comentários, reações e nomes de perfis.
O segundo conjunto de dados, ligado ao extinto aplicativo do Facebook At the Pool, era significativamente menor, mas continha, entre outros dados, fotos e senhas de 22 mil usuários.
A UpGuard acredita que as senhas eram para acessar o aplicativo, e não a conta do usuário na rede social, mas a sua divulgação coloca em risco internautas que costumam usar as mesmas senhas em várias contas, alertou a empresa.
Segundo o Facebook, todas as informações expostas já estão seguras. “Uma vez alertados sobre o problema, trabalhamos com a Amazon para derrubar os bancos de dados. Temos o compromisso de trabalhar com os desenvolvedores em nossa plataforma para proteger os dados das pessoas”, afirmou um porta-voz em comunicado.
A nota diz ainda que a empresa está investigando o incidente e busca descobrir por que esses dados foram armazenados em servidores públicos. “As políticas do Facebook proíbem o armazenamento de informações em bancos de dados públicos”, disse.
Segundo a companhia, os usuários serão informados se forem encontradas evidências de que as informações expostas na internet foram mal utilizadas.
A exposição desses dados não é resultado de um ataque de hackers aos sistemas da rede social, mas é mais um exemplo de como o Facebook permite que terceiros coletem grandes quantidades de dados de usuários, sem controlar a maneira como essas informações são usadas ou protegidas.
“Os dados expostos não existiriam sem o Facebook, ainda assim esses dados não estão mais sob o controle da rede social”, afirmam os pesquisadores. “Em cada um desses dois casos, a plataforma facilitou a coleta de dados sobre indivíduos e sua transferência para terceiros, que se tornaram responsáveis por sua segurança.”
Nos últimos anos, o Facebook se viu envolvido em vários escândalos relacionados à gestão da privacidade dos dados dos usuários, que mancharam consideravelmente a imagem pública da empresa.
A maior polêmica que teve que enfrentar começou em março de 2018, quando foi revelado que a companhia de consultoria britânica Cambridge Analytica utilizou um aplicativo para compilar milhões de dados de usuários da plataforma sem o seu consentimento e com fins políticos.
A empresa se serviu de dados da rede social para elaborar perfis psicológicos de eleitores, que supostamente foram vendidos à campanha do presidente americano, Donald Trump, durante as eleições de 2016.
O Facebook é a rede social mais usada no mundo, com 2 bilhões de usuários mensais. Além disso, a empresa é dona do WhatsApp e do Instagram, também utilizados por bilhões de pessoas.

Agência Brasil

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Biblioteca Municipal e Museu comemoram 71 anos nesta sexta, 5

Crédito da foto: Secom/PMMComemoração começa a partir das 8h
A Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte e o Museu Histórico Lauro da Escóssia completam 71 anos de fundação nesta sexta, 5 de abril. Para comemorar a data, a Secretaria Municipal de Cultura vai realizar uma programação especial, na Biblioteca, a partir das 8h.
Graça Henriques, diretora da Biblioteca, explicou que a partir das 8h será iniciada uma exposição cultural. “Vamos abrir para visitação das pessoas, mas também para que a população em geral possa expor suas artes”, disse.
A partir das 17h a programação vai comemorar também os 70 anos da Coleção Mossoroense e os 24 anos da Fundação Vingt-un Rosado.
“É uma programação que visa valorizar a cultura local, levar às pessoas valores culturais que possam ser explorados e também destacar que aqui temos a Coleção Mossoroense, que é uma das maiores do país”, concluiu Graça.
Fonte: Secom/PMM
Bélgica segue na liderança do Ranking da Fifa; Brasil é terceiro colocado
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Bélgica segue na liderança do Ranking da Fifa; Brasil é terceiro colocado

A seleção belga segue na liderança do Ranking da Fifa, divulgada nesta quinta-feira, embora esteja apenas com três pontos de vantagem sobre a França, atual campeã do mundo.
A seleção brasileira, que no final do mês passado empatou com o Panamá e venceu a República Tcheca, em amistosos disputados na Europa, está na terceira colocação.

Agência EFE

terça-feira, 2 de abril de 2019

Experimento pretende expandir área cultivável de maracujá no RN

Crédito da foto: DivulgaçãoAtualmente, os maiores produtores do maracujá no são os municípios de Jaçanã e Coronel Ezequiel
Um estudo desenvolvido em parceria entre Emater-RN, Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), IFRN de Currais Novos, Senar-RN e Sebrae poderá, em pouco tempo, ser responsável pelo aumento na área cultivável do maracujá no Rio Grande do Norte. Trata-se da enxertia de duas espécies da planta: a do tipo amarelo e a canapu.
O maracujá do tipo amarelo, o mais comercial entre as espécies, não encontra nos solos da região litorânea e no Alto Oeste do estado as condições favoráveis de cultivo por ser atingido nesses locais por uma doença chamada fusariose, provocada por um fungo que ataca as raízes da planta. Já o maracujá tipo canapu é resistente ao fungo, mas seu fruto não é comercial.
“Utilizamos as sementes do maracujá canapu que, ao brotarem e virarem mudas, através da técnica de enxertia, inserimos a muda do maracujá amarelo”, explicou o técnico da Emater-RN, Aderson Soares, assessor de fruticultura da instituição. Ou seja, a parte que estará em contato com o solo é resistente, mas o fruto que brotará é o mais comum e comercial para o produtor.
Atualmente, são os maiores produtores do maracujá no estado os municípios de Jaçanã e Coronel Ezequiel, com produção estimada de 200 hectares, representando uma média de 3 mil toneladas por ano da fruta. A Serra de Santana, como os municípios de Lagoa Nova e Cerro Corá, também desponta como grande produtora de maracujá no Rio Grande do Norte.
Fonte: Assecom/RN

ENTREVISTA JOSÉ LUIZ PENNA

Recém-eleito para mais um mandato de dois anos no comando do PV, José Luiz Penna fala do desmonte partidário, do atual momento político e das perspectivas para este novo ciclo.
Você acaba de ser eleito para mais um mandato de dois anos à frente do PV, agora no comando de um gabinete político. O que muda?
A ideia de um gabinete político é para dar mais agilidade. Como nossa executiva, composta de mais de sessenta e tantas pessoas, num país continental como o Brasil, busca a representação de todos os estados, naturalmente enfrentava dificuldades de reunião – e uma consequente lentidão em dar respostas particularmente nesse momento político vivido país. Então criamos esse gabinete político, votado em convenção, para poder responder mais rapidamente à demanda diária da política brasileira, que ficou muito difícil, principalmente em áreas onde temos maior interesse. Criamos uma instância mais enxuta, com suas diversas secretarias e coordenadores regionais das diversas regiões brasileiras.
Essa nova configuração altera o poder decisório?
Primeiro temos que ter em mente que não há paralelo entre os processos sucessórios de organizações políticas verdes como o PV e as tradicionais. Buscamos não só uma relação mais generosa do indivíduo com o patrimônio natural, mas uma mudança no jeito de se organizar a sociedade. E isso não se muda de uma hora pra outra. Da mesma forma essa visão deve se refletir na forma de conduzir nossa política interna. Nesse contexto me considero um porta-voz dessas diretrizes políticas, apesar de formalmente ser caracterizado como presidente. E igualmente trata-se de um aprendizado, mesmo entre nós, de uma prática cujo eixo central é o coletivo gerindo a política. Somos na essência parlamentaristas.
Há um consenso de que, nesses últimos 20 anos, avançamos quanto à consciência ambiental, mas a prática continuou precária. Como avançar em uma agenda verde em tempos trumpistas e frente a um governo decididamente avesso à causa?
Certamente as novas gerações têm crescido com uma consciência ambiental, algo que as anteriores ignoraram. As mudanças climáticas, a evidência de tudo o que os verdes preconizavam há décadas, deu pra sociedade uma nova agenda política. E isso é irreversível. Agora, a prática está subordinada a uma série de fatores, e a principal delas é a adoção de políticas sustentáveis, que obviamente depende do mandatário de plantão. Mas o caminho no mundo não é uma linha reta. É como uma valsa: dois pra frente, um pra trás. No momento vivemos justamente uma entressafra, um passo atrás, um estrebuchar, enfim, das forças mais reacionárias que detêm parte importante do capital. Um retrocesso, aliás, absolutamente previsível. Depois de termos vivenciado a utopia de um mundo sem fronteiras, a ideia de uma comunidade planetária, é natural que a camada mais conservadora reaja e reacenda o nacionalismo como ideologia. Um nacionalismo que acredita que cada nação é um cosmo que pode viver, produzir e consumir como se fosse um universo particular, isolado. Os verdes no mundo apareceram com um ideário planetário. O que não quer dizer que isso ofenda ou que fragilize ideias patrióticas ou valores nacionais. E por aí que a sociedade deve avançar.
Quais as perspectivas pra esse novo ciclo? Na Câmara o desafio é estabelecer uma frente de oposição, já que a maré é contrária e a oposição sai esfacelada da última eleição. Como engatilhar isso?
Há dois cenários projetados pela política. Um deles pressupõe que este governo legítimo, eleito, deve cair rapidamente, seja por suas próprias intervenções drásticas e atrasadas, seja por incapacidade de gestão, falta de articulação. Mas nós preferimos trabalhar com uma ideia de frente ampla contra essa ideia de retrocesso. Porque achamos que o processo deva ser discutido com o conjunto da sociedade. Assim no Congresso nós nos posicionamos junto ao PPS, ao PDT, ao PC do B e mais outros partidos de centro. Uma frente ampla, do centro à esquerda. Mas não se trata de uma oposição oportunista, eleitoreira, que parte do pressuposto de que rapidamente nós vamos nos beneficiar eleitoralmente. E pra isso temos que buscar consensos com segmentos menos sectarizados. É preciso mudar o jogo. Porque é espantoso passarmos vinte e quatro anos com a socialdemocracia no poder e não conseguir romper com as estruturas oligárquicas no país. Esse é um país com vários andares e desníveis profundos.
Essa frente atuaria com uma agenda mínima comum ou ela será definida pontualmente a partir de matérias em votação no Congresso?
Devemos estabelecer pontos de entendimento sobre os temas mais relevantes. No momento estamos debruçados sobre a reforma da previdência. Nós achamos que deve haver uma reforma. Mas não queremos entrar numa roubada, que traga mais sacrifícios para as classes menos favorecidas. Não cabe a priori ser contra ou favor da reforma simplesmente por ser matéria de interesse do governo ou não. Não é a nossa posição. Temos partir daí uma diferenciação na ação das bancadas. O jogo no congresso ficou assim: os francamente a favor do governo, os francamente contra e um eixo que está tentando agregar valor às questões mais sensíveis e que toquem o Brasil pra frente.
Há pouco tempo você escreveu que a socialdemocracia não conseguiu superar o abismo social crônico no país. A partir daí com o atual cenário político qual é o caminho a seguir?
Em 24 anos de socialdemocracia andamos para lugar nenhum. Um primeiro grupo estabeleceu uma meta de 20 anos no poder. Foi substituído por outro, do mesmo campo político, que definiu para si outros 20 anos no comando do país. E nenhum deles conseguiu alterar a realidade brasileira ou dar impulso a um projeto que correspondesse às expectativas da sociedade. E deu no que deu: vivemos agora um momento político de dimensões catastróficas, estapafúrdias. Agora, ou estabelecemos uma frente com um compromisso de mudar estruturalmente a nossa organização social e política ou vamos assistir a uma interminável sucessão do poder pelo poder. É assim que as democracias fracassam: quando essa tese se impõe no horizonte político.
A questão central é uma só: é insustentável manter esse presidencialismo de coalizão que só tem nos levado ao atraso. O próprio nome denota algo nefasto. Sua ação é predatória se pensarmos em termos de construção de uma real democracia. Nós sugerimos uma guinada parlamentarista como base para um debate. Talvez a gente seja o único partido que tem no seu horizonte programático o parlamentarismo. E nós queremos por isso em discussão o mais rapidamente possível.
Você acha que a tese avança com um Congresso com esse perfil?
Não acho que se possa gerar um projeto político subordinado a uma legislatura, ou particularmente a essa legislatura. Devemos fazer uma frente ampla com compromissos de médio e longo prazo. As mudanças estruturais no Brasil não serão uma coisa muito fácil, isso é claro. A democracia está nas mãos de pessoas extremamente autoritárias. É um país de mandões, regido sob a égide de uma política personalista. O cara muda de partido, mas continua sendo o Chico das Couves e isso é uma marca política maior do que a do partido. É uma clara distorção. Acho que a gente tem que se preparar para uma intervenção, para uma longa caminhada, mas definida a partir de pontos marcadamente transformadores. E uma das pedras do jogo é o fim desse sistema político. Esse regime tem que acabar. Reclama-se ‘ah… mas o voto em lista [em um regime parlamentarista] fortalece muito as direções partidárias’. Mas eu digo que é o ovo ou a galinha. Ou você tem voto em lista [as cadeiras em disputa são distribuídas entre os partidos de maneira proporcional à quantidade de votos obtida pelas listas de candidatos apresentadas previamente] e tem partido ou você mantem o que aí está e não tem partido nenhum. Quebrou. Partido político no Brasil derreteu. E isso é consequência dessa organização política.
Vale tem 17 barragens sem declaração de estabilidade válida
Equipes de resgate durante buscas por vítimas em Brumadinho, onde uma barragem da mineradora Vale se rompeu.

Vale tem 17 barragens sem declaração de estabilidade válida

A Vale divulgou hoje (1º) informações atualizadas sobre as declarações de estabilidade necessárias para que cada barragem possa ser utilizada em suas operações. De acordo com a mineradora, foram renovadas as declarações de 80 estruturas que tinham validade até ontem (31). Por outro lado, não houve renovação para outras 17.
A declaração de estabilidade é emitida por uma empresa auditora que deve ser contratada pela mineradora. A confiabilidade do documento, porém, passou a ser questionada a partir da tragédia de Brumadinho (MG), ocorrida em 25 de janeiro, quando uma barragem na Mina do Feijão se rompeu causando mais de 200 mortes. A estrutura tinha uma declaração válida, emitida pela empresa alemã Tüv Süd, em setembro de 2018. e assinada pelo engenheiro Makoto Namba. Em depoimento no curso da investigação que apura as causas do rompimento, ele disse ter se sentido pressionado por um executivo da Vale para conceder o documento.
Equipes de resgate durante buscas por vítimas em Brumadinho, onde uma barragem da mineradora Vale se rompeu.
Equipes de resgate durante buscas por vítimas em Brumadinho – Adriano Machado/Reuters/Direitos reservados
Desde então, a Justiça mineira tem atendido diversos pedidos formulados em ações movidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para paralisar outras barragens e exigir a contratação de novas auditorias externas para verificar a segurança das estruturas. Há casos em que a própria a Vale se antecipou e interrompeu as operações. Quatro dias após a tragédia, a mineradora também anunciou a descaracterização de estruturas ) que utilizavam o método de alteamento a montante. Trata-se da mesma técnica adotada na barragem que se rompeu em Brumadinho, a mesma que gerou a tragédia de Mariana (MG), em novembro de 2015, quando morreram 19 pessoas e dois distritos ficaram destruídos.
De acordo com as informações divulgadas pela Vale, entre as 17 barragens que não tiveram a declaração de estabilidade renovada, estão sete que tiveram recente elevação no nível de segurança para 2, levando ao acionamento de sirenes e gerando a necessidade de evacuação de casas situadas na zona de autossalvamento, ou seja, em toda a área que poderia alagada em menos de 30 minutos ou que se situa a uma distância de menos de 10 quilômetros.
Centenas de pessoas estão fora de suas residências nas cidades mineiras como Nova Lima, Ouro Preto e Barão de Cocais. Há quatro as barragens que já sofreram uma segunda elevação no nível de segurança , dessa vez para 3, o último na escala de alerta. Essa mudança deve ser feita quando há risco iminente de ruptura. Diante desse cenário, as populações que vivem nas áreas abrangidas pela mancha de inundação estão sendo treinadas em simulados organizados pela Defesa Civil de Minas Gerais.
Para assegurar a reparação dos prejuízos causados aos moradores que deixaram suas casas, o MPMG também tem conseguido decisões favoráveis para bloquear recursos da Vale. A última liminar, proferida na sexta-feira (29) pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), estabelece o bloqueio de R$ 1 bilhão diante dos danos gerados pela situação da barragem Vargem Grande, em Nova Lima. Ao todo, estão bloqueados mais de R$ 17 bilhões das contas da Vale, o que inclui ainda as decisões que buscam assegurar recursos para o pagamento das indenizações aos atingidos pela tragédia de Brumadinho.
Militares israelenses e equipes de resgate brasileiras durante buscas por vítimas em Brumadinho, onde uma barragem da mineradora Vale se rompeu.
Militares israelenses e equipes de resgate brasileiras durante buscas por vítimas em Brumadinho – Washington Alves/Reuters/Direitos reservados

Interdição

Das 17 barragens que não tiveram suas declarações de estabilidade renovadas, há 10 que ainda não haviam passado por nenhuma alteração recente no nível de segurança. A mineradora informou que elas foram interditadas e passarão agora para nível 1, que não requer evacuação. A retomada das operações nas estruturas está condicionada à realização de estudos complementares e à conclusão de obras de reforço que já estão em andamento.
“Os auditores externos reavaliaram todos os dados disponíveis e novas interpretações foram consideradas em suas análises para determinação dos fatores de segurança, com a adoção de novos modelos constitutivos e parâmetros de resistência mais conservadores”, informou a Vale em nota. Segundo a mineradora, a perda das declarações de estabilidade não altera a projeção de vendas de minério de ferro e pelotas divulgadas na semana passada. O volume de vendas de minério de ferro em 2019 está projetado entre 307 e 332 milhões de toneladas.
Confira a situação das 17 barragens que estão sem declaração de estabilidade:

Nível de emergência 3 e zona de autossalvamento evacuada

– Barragem Sul Superior da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais
– Barragem B3/B4 da Mina de Mar Azul, em Nova Lima
– Barragens Forquilha I do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto
– Barragens Forquilha III do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto

 Nível de emergência 2 e zona de autossalvamento evacuada

– Barragens Forquilha II do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto
– Barragens Grupo do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto
– Barragem Vargem Grande do Complexo de Vargem Grande, em Nova Lima

 Nível de emergência 1

– Dique Auxiliar da Barragem 5 da Mina de Águas Claras, em Nova Lima
– Dique B da Mina de Capitão do Mato, em Nova Lima
– Barragem Capitão do Mato da Mina de Capitão do Mato, em Nova Lima
– Barragem Maravilhas II do Complexo de Vargem Grande, em Nova Lima
– Dique Taquaras da Mina de Mar Azul, em Nova Lima
– Barragem Marés II do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto
– Barragem Campo Grande da Mina de Alegria, em Mariana
– Barragem Doutor da Mina de Timbopeba, em Ouro Preto

Agência Brasil

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Choveu mais de 100 milímetros no Alto de São Manoel no último sábado

A informação foi repassada pelo coordenador da Defesa Civil no município, Osnildo Morais. Segundo ele, as fortes chuvas se concentraram na região Central do município e atingiu principalmente a região da Cobal e da Lagoa do Bispo
Crédito da foto: Arquivo/Marcos GarciaO pluviômetro do Alto de São Manoel registrou 106,5 milímetros
Edinaldo Moreno/Da Redação
O coordenador da Defesa Civil em Mossoró, Osnildo Morais, disse a chuva registrada no último sábado, 30, em Mossoró, atingiu 85,80 milímetros, em média. Segundo ele, o pluviômetro da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), instalado no Alto de São Manoel registrou 106,5 mm. Já o da Prefeitura de Mossoró no Aeroporto teve o registrou 65,11mm.
Osnildo enfatizou que as fortes chuvas ocorridas no sábado passado se concentraram na região Central do município, atingindo principalmente a Cobal e ruas próximas a Lagoa do Bispo, como foi o caso da Avenida João da Escóssia, onde carros 'boiaram" ao tentar passar por um trecho da via durante a chuvarada.
“A chuva de sábado se concentrou mais na região central, aqui no Centro. Os pontos mais atingidos foram João da Escóssia, Amaro Duarte, essa região aqui próximo a Lagoa do Bispo, como também aquela parte da Cobal teve um alagamento. A gente sabe também que tem outros pontos críticos que também teve inundação, mas com menos intensidade”.
Morais disse que o Centro de Monitoramento do órgão no município recebeu 19 chamadas durante o final de semana por conta das chuvas. Destas, 16 chamadas para inundação, sendo duas delas pelo aplicativo e 03 chamadas para queda de árvore
O coordenador ainda esclarece que todos os pontos de alto risco na cidade foram afetados. “São 22 pontos de alto risco no cidade. Todos eles tiveram problema no sábado com essa chuva. Porque esses pontos com pequenas chuvas já tem alagamento e problemas com chamadas nesse locais”, e emendou.
“Esses locais de alagamento que houve aqui no Centro, todos eles têm sistema de drenagem e ontem a gente fez uma força-tarefa e o que a gente encontrou nessas galerias é impressionante: saco plástico e cheio de garrafas pet. Aquilo é uma bola. Não é que fosse evitar o alagamento, mas ele retarda o escoamento das águas. Então eu acho que a principal recomendação é que a população tem que entender isso não tem como não colocar a questão do lixo. É impressionante a questão do lixo como contribui para isso. A gente vê todos os dias”.
A Força-tarefa dita por Osnildo Morais ocorreu durante todo o domingo. Ela começou pela Rua Amaro Duarte, no bairro Nova Betânia, onde a equipe de plantão da Secretaria de Serviços Urbanos retirou todo lixo e podas de árvores da rua, além de outros dejetos que estavam atrapalhando a drenagem correta das águas da chuva. “A chuvas estão vindo com grandes intensidades, além do normal, e nós estamos sempre de prontidão acompanhando. Como são chuvas anormais o tempo para essas águas escorrerem demora mais e se os canais estiverem obstruídos aí que vai demorar ainda mais.”, esclareceu o secretário executivo de Serviços Urbanos, Cid Batista.
A comitiva da Prefeitura também monitorou a drenagem da conhecida Lagoa do Bispo, onde duas bombas de alta potência retiram as águas acumuladas e destinam para as redes de drenagem das águas pluviais. Os equipamentos são capazes de escoar 350m³ de água por hora, cada um.
“A recomendação que a gente faz é para que o pessoal que mora em área de risco as previsões são de chuvas, podendo se confirmar ou não. Segundo os especialistas, o mês de abril é o mais chuvoso do ano, portanto é preciso ter esses cuidados com essas pessoas que moram em área de risco e ter cuidado se possível manter os moveis em uma certa altura para não perder”, concluiu.
 Eslováquia elege primeira presidente mulher de sua história
Recém-eleita presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova
Recém-eleita presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova

Eslováquia elege primeira presidente mulher de sua história

A Eslováquia concluiu seu processo eleitoral ontem (30) com a realização do segundo turno do pleito, que resultou na vitória da advogada de direitos cidadãos, anti-corrupção e pró-União Europeia Zuzana Caputová, de 45 anos.
Com a vitória, ela será a primeira presidente mulher da história do país. Caputová superou o vice-presidente Maros Sefcovic, obtendo 58,3% dos votos contra 41,7% do adversário. O oponente ocupava o cargo de comissário da União Europeia para a Saúde.
Duas semanas atrás, no primeiro turno, ela havia saído com o melhor desempenho. E confirmou o apoio do eleitorado. Após a divulgação do resultado, agradeceu pela votação não somente em eslovaco, mas em línguas de minorias, como o húngaro e o romani.
O gesto simbólico é exemplo da campanha da nova presidente, marcada pela defesa da diversidade e contra discurso de ódio. No agradecimento, Caputová destacou ter chegado ao resultado sem golpes baixos verbais, agressões e uma retórica populista.
O eleitorado eslovaco, assim, foi de encontro ao movimento na Hungria, onde o presidente Viktor Orbán promove discurso anti-União Europeia e nacionalista.
Segundo a Deutsche Welle, o sucesso da nova mandatária eslovaca faz parte de um movimento reformista liberal crescendo na Europa Central que prega valores como Estado de Direito e transparência, justiça social e solidariedade. Na Eslováquia, este ganhou corpo com protestos após o assassinato de um jornalista investigativo Jan Kuciak e sua noiva, Martina Kusnirová, em fevereiro do ano passado.
Agência Brasil
* Com informações da Deutsche Welle

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